sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Sobre a Emergência em Santa Catarina - Editorial
Muito tem-se dito sobre as chuvas e as conseqüencias da chuva no Estado de Santa Catarina, principalmente sobre a situação grave nas cidades de Itajaí, Navegantes e Blumenau. As tragédias naturais e sociais são contadas e recontadas e infeliz e absurdamente recorrentes, pois não se tratam de acidentes ou incidentes. São cenários previsíveis para observadores atentos acostumados a lidar com o assunto emergência. Culpam-se as instalações irregulares, o desmatamento das encostas, a falta de ação das autoridades para colocar ordem no urbano; finalmente, culpam-se tb a mudança do clima, assunto sério que acaba virando lugar comum. assistindo o Bom Dia Brasil no dia de hoje (28/11/2008), fiquei bem satifesfeito ao ouvir com que cuidado o Climatologista Carlos Nobre (INPE) apresentou seus entendimento sobre o que está acontecendo lá em Santa Catarina: ele não culpou as mudanças climáticas, mas indicou a possibilidade desses eventos já serem amostras do fênomeno. O Jornalista Alexandre Garcia, da TV Globo, smepre muito lúcido adicionou outros sobre o assunto, buscando a perspectiva da falta de ordenamento urbano nas grandes cidades. Por acaso, recentemente li dois livros sobre desastres sociais e ambientais ligados a enchentes: um sobre o Katrina e outro sobre a grande enchente do Mississipi de 1927. Existem várias lições a serem tiradas dos dois cenários/textos, principalmente sobre os equívocos humanos, as obras de engenharia inoportunas, os aspectos egocêntricos e idiossincrasias pessoais e institucionais, a ausência de um atitude de prevenção arraigada e ética. Mas gostaria de focar neste momento, baseando-se nos livros que li, o pós-desastre, a grande chance de se corrigir parte dos problemas que se somam para recrudescer as tragédias. Falo sobre alianças, institucionais e pessoais, quando inimigos e adversários se unem em prol do bem comum e deles mesmos. É exatamente neste momento, de reconstrução, de redirecionamento de oportunidades, que precisam surgir os agentes de mudança. Inimigos e adversários calam suas diferenças e tornam-se aliados para uma reconstrução racional de vidas e de cidades. Eis a oportunidade. Nossa Senhora do Desterro olhe pelos catarinenses, os que ficaram e os que passaram, possibilitando tornar corações duros em ternos, no pesar e nas perdas.
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