Fotos: RJC, 1996.
Hoje é dia de São Cristóvão e não dá, para mim, não rememorar uma das viagens solitárias que eu fiz num final-de-semana em 1996, no intervalo de reunião que fui participar. Trata-se da visita que fiz a Stonehenge, na Inglaterra. A lembrança não vem pelas ruínas de pedra, pelo que sei existe algo mais impressionante numa base militar inglesa, mas as autoridades daquele país não deixam ninguém chegar perto. Vem pelo museu de Salisbury, cidade próxima, onde você descobre mais sobre a antiga comunidade e seu barracão que nas próprias ruínas. Se algum dia forem por lá tb não esqueçam dessa dica.
Lá no museu vocês encontram um boneco enorme vestido de vermelho, turbante cinza, carregando uma espada enorme, barba e tez morena - possivelmente um mouro, com uma placa ao lado indicando: São Cristóvão. Se não me falha a memória tb tinha um boi ao lado: um bumba-meu-boi.
Me impressionou o tamanho do boneco, a situação - apesar do museu ser muio próxima à catedral de Salisbury -, a surpresa, de que um país, apesar das mudanças drásticas que envolveram a passagem do Catolicismo para o Anglicanismo, bem como aquela quebra nos nossos pensamentos e crenças que só nos levam a ver e associar santos e heróis com características ocidentalizadas.
Pelo que li, lá no museu, os bonecos eram utilizados em festas religiosas em homenagem ao santo e, pelo que se vê, era muito bem querido. Por aqui, Cristóvão - o que carregou Cristo, é o protetor dos motoristas, especialmente de taxi. Particularmente, eu o vejo como aquele que pode somar forças e nos ajudar com nossas cargas a atravessar os rios da vida.
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