quinta-feira, 14 de outubro de 2010
De Principatibus Ecclesiasticis - O Príncipe
"Resta-nos somente, agora, tratar dos principados eclesiásticos. Em relação a estes, as dificuldades só existem antes de se entrar na sua posse, pois se conquistam pelo mérito ou pela boa sorte, mas sem um ou outra se mantêm. É que eles são sustentados pelas instituições antigas da religião, as quais são tão poderosas e qualificadas, que asseguram o poder aos seus príncipes seja qual for a sua maneira de proceder e viver. Apenas estes têm Estados e não os defendem; súditos, e não os governam. E os Estados, embora indefesos, não lhes são arrebataddos e os súditos, embora não governados, não consideram tal situação, nem podem subtrair-se à sua dominação. Somente estes principados, pois, gozam de segurança e são felizes. Sendo eles dirigidos por razões superiores, às quais a mente humana não tem acesso, deixarei de falar deles, eis que, sendo abençoados e mantidos por Deus, seria ato de de homem presunçoso e temerário discorre a seu respeito". Maquiavel.
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